Nesse post vamos apresentar os principais tipos e materiais utilizados em rotores , peças fundamentais das bombas e motobombas.
(Eduardo Secco – Treinamento FAMAC)
Se você conhece sobre os componentes de uma (moto)bomba sabe que o rotor, também chamado de propulsor ou impulsor, é o componente principal da bomba centrífuga, pois é ele o responsável por fornecer energia ao líquido que vai ser bombeado.
O princípio de funcionamento de um rotor centrífugo é, que ao girar, acionado por fonte motriz externa, cria uma depressão (vácuo) na região central do rotor/impulsor, provocando a aspiração do líquido, que entra em movimento de rotação e é direcionado para a periferia pela ação da força centrífuga, adquirindo pressão e velocidade.
A indicação desse ou daquele tipo de rotor tem a ver com a aplicação, especialmente em função do líquido que vai ser bombeado. Então que acha de ver aqui quais são os principais tipos e materiais utilizados em rotores? Segue conosco então.
Os tipos mais comuns de rotores são os seguintes:
- fechado, para uso em águas limpas, sem sólidos ou objetos, indicado para obter mais pressão e melhor rendimento;
- semiaberto, usado em bombas com vazão elevada, para água limpa, turva ou com passagem de sólidos;
- periférico, para uso em água limpa, indicado para obter mais pressão;
- vortex, para uso em água com passagem de sólidos como materiais fibrosos;
- monocanal, para uso em esgoto, indicado para bombas com vazão e pressão moderadas;
- helicoidal, para uso em líquidos com presença de materiais sólidos e fibrosos, indicado para bombas com vazão e pressão moderadas; e
- de dupla sucção, para uso em água limpa ou turva sem presença de sólidos, indicado para bombas com grandes vazões e pressões.
Além do tipo de rotor, determinar o material no qual ele é composto é também importante. Há aplicações que suportam todo tipo de material, porém há outras mais específicas nas quais o rotor (ou os rotores, no caso de uma multiestágio) precisa ser construído em um tipo de material específico senão a motobomba não vai funcionar corretamente.
Por exemplo, quando o líquido a ser bombeado é água limpa, pode ser usado um rotor de qualquer material, seja de ferro fundido, alumínio, bronze, inox ou polímero.
Para água turva sem sólidos o polímero não é recomendado e em caso de haver passagem de sólidos o alumínio também não.
No caso de água quente, ferro, bronze e aço inox podem ser utilizados.
Já para água do mar, nada de ferro fundido, escolha ou bronze ou aço inox!
Em bombas para piscina e hidromassagem, os rotores devem ser fabricados sempre em polímero. Isso porque, além da agressão química causada pelo cloro diminuir a vida útil do rotor, em função dessa agressão a água da piscina irá se tornar amarelada, em razão da ferrugem que aparecerá no rotor de material inadequado.
Para bombas que serão usadas em sistemas de combate a incêndio, a opção sempre terá que ser por materiais que não sofram com as altas temperaturas e por isso rotores em polímero são descartados como opção.
Em aplicações na indústria alimentícia, química ou farmacêutica, melhor optar pelo aço inox. Alguns casos na indústria química permitem optar por rotores em polímero, porém vai depender do produto químico que será bombeado, bem como da temperatura e concentração do mesmo.
Dentre os materiais apresentados para os rotores, aquele que mostra melhor resistência aos líquidos bombeados é o aço inox. Isso se dá por decorrência da composição do próprio material, que permite usá-lo em líquidos com temperaturas demais elevadas, líquidos mais abrasivos como água do mar, além de imprimir maior resistência a certos produtos químicos.
Foi pensando nisso que a FAMAC desenvolveu as linhas FGX e FMX de motobombas mono e multiestágio, respectivamente. Dispõem de carcaça em ferro fundido e rotores em aço inox, que aumentam a vida útil da motobomba evitando oxidação e desgaste desnecessários.
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